Resumen: La dicotomía nómada/sedentario es cuestionada aquí como una construcción occidental. Su deconstrucción es necesaria cuando las poblaciones nómadas se convierten en refugiadas por razones climáticas, políticas o económicas. Es el caso del exilio saharaui en Argelia tras la invasión de Marruecos de su territorio en 1975, y la ocupación del Sáhara Occidental hasta hoy. Los campamentos de refugiados saharauis cerca de Tinduf, Argelia, son considerados aquí en relación con la forma de vida nómada pastoril anterior al conflicto. Analizando la vida cotidiana en los movimientos más excepcionales de los saharauis durante el siglo XX y sus formas de asentamiento, queremos contribuir a este debate, en relación con los campamentos de Tinduf, formulando una hipótesis sobre la existencia de un nomadismo inmóvil saharaui. Defendemos la necesidad de considerar una diversidad de escalas de tiempo en el análisis del nomadismo, desde la consideración del momento, hasta la larga duración de los movimientos de la población, entendiendo el proceso de sedentarización de los campamentos saharauis como una estrategia temporal de supervivencia.
Abstract: fte nomadic/sedentary polarities are today questioned as Western constructions. Its deconstruction is necessary in contexts where nomadic populations become refugees for climatic, political and/or economic reasons. ftis is the case with Sahrawis’ exile in Algeria after Maroq was invaded in 1975 and Western Sahara was occupied until the present day. Sahrawi refugee camps near Tindouf have been often studied in their relations to prior nomadic encampments. Examining Sahrawi’s most exceptional motions and their settlement forms throughout the 20th century, we want to pose the hypothesis of Sahrawi immobile nomadism. We support the urgency to consider multiple dimensions of time and motion when analyzing nomadism, from the instant to the long durée of population movements. ftus, we can understand sedentarization in Sahrawi camps as a temporary survival strategy.
Resumo: Questiona-se a dicotomia nômade/sedentário enquanto uma construção ocidental. Sua desconstrução é necessária quando as populações nômades se convertem em refugiadas devido a razões climáticas, politicas e econômicas. Esse é o caso do exílio saarauí em Argélia depois da invasão de seu território por Marrocos em 1975 e pela ocupação do Saara ocidental até hoje. Os acampamentos de refugiados saarauís perto de Tindouf- Argélia são considerados aqui a respeito da relação com a forma de vida nômade pastoril anterior ao conflito. A partir da analise da vida diária nos movimentos mais excepcionais dos saarauís durante o século XX e suas formas de assentamento, queremos contribuir a esse debate, no tocante aos acampamentos de Tindouf, para formular uma hipótese sobre a existência de um nomadismo imóvel saarauí. Defendemos a necessidade de considerar uma diversidade de escalas de tempo no nomadismo, desde a consideração do momento, até a longa duração dos movimentos da população, compreendendo o processo de sedentarização dos acampamentos saarauís como uma estratégia temporal de sobrevivência.